Nikkeypédia:PrincÃpio da imparcialidade
De Nikkeypedia
O princípio da imparcialidade é um princípio adotado pela Nikkeypédia para lidar com assuntos controversos. Segundo este princípio, os artigos da Nikkeypédia devem ser imparciais, ou seja, devem ser escritos numa forma com a qual ambos (ou todos) os lados envolvidos possam concordar com ele. Por exemplo, ao lidar com temas religiosos, o artigo deve estar escrito de forma a que seguidores da religião em questão, seguidores de outras religiões, ateus e agnósticos possam aceitá-lo.
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[editar] Sobre o princípio da imparcialidade
Os artigos da Nikkeypédia devem representar as diferentes visões sobre um assunto, incluindo-as e definindo claramente onde há conflitos e quais são os lados da disputa. Isto significa que:
- os factos devem ser apresentados como tais;
- nenhum artigo pode conter referências a opiniões sem que primeiro sejam apresentados factos incontestáveis;
- as opiniões devem ser apresentadas como tal, ou seja, uma opinião deve ser classificada como opinião e deve ser atribuída;
- nos temas controversos, devem ser, sempre que possível, apresentados os pontos de vista de todos os campos em disputa.
Por exemplo, num artigo sobre o aborto deve-se:
- apresentar uma definição incontroversa de aborto e, caso ela não exista, devem-se apresentar as diferentes definições e se essas definições forem alvo de disputa deve-se dizer quem defende o quê;
- apresentar os factos biológicos relevantes;
- apresentar os factos legais relevantes, se necessário apresentando diferentes interpretações legais e diferenças de legislação em diversos países;
- apresentar a posição do grupo (ou grupos) que defende a despenalização do aborto;
- apresentar a posição do grupo (ou grupos) que se opõe à prática do aborto voluntário;
- apresentar factos relativos à disputa (por exemplo, em que países o aborto é proibido, que formas de luta utilizam os grupos pró-legalização, quais as religiões que se opõem fortemente ao aborto e outros factos relevantes).
[editar] Evitar
[editar] Em artigos religiosos
Todas as pessoas são muito sensíveis em relação à sua própria religião, o que habitualmente significa que este tema trata mais de crenças que propriamente de conhecimentos específicos, e já que todos gostam que as suas crenças individuais sejam respeitadas, todo cuidado é pouco quando se trata da religião alheia.
Assim, deve haver um cuidado redobrado em artigos relacionados a religião. Não deve haver nenhum tipo de adjetivação pejorativa ou preconceito relacionados tanto à religião em questão como a seus praticantes. Os artigos de uma determinada religião devem limitar-se apenas aos fatos relacionados com essa religião.
[editar] Adjetivos
Os adjetivos contribuem para tornar um artigo mais parcial porque muitas vezes implicam uma qualificação subjetiva.
Por exemplo, a palavra demagógica no texto seguinte:
- Uma propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações, permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os operários.
torna-o parcial porque os próprios nazistas poderiam não reconhecer que a sua propaganda era demagógica. Já para não falar das pessoas que foram convencidas pelos nazistas, que certamente não achavam aquela propaganda demagógica. Se a achassem, poderiam ter rejeitado as ideias nazistas. Para além disso, o texto sugere que o sucesso dos nazistas se deve essencialmente à demagogia, o que pode não ser consensual entre os historiadores.
Aquela frase pode ser transformada numa frase mais imparcial de várias formas:
- atribuir aquele ponto de vista a alguém: Os (ou alguns, ou a maioria) historiadores consideram que uma propaganda demagógica, que explorava habilmente essas frustrações, permitiu aos nazistas implantarem-se na classe média e entre os operários.
- descrever a propaganda nazista sem a classificar. Isto é, expor os argumentos dos nazistas e contrastar esses argumentos com outros factos incontestáveis. Claro que esta solução é muito mais difícil de implementar porque é necessário um conhecimento preciso da propaganda nazista.
[editar] Exemplo prático
Parágrafo tirado do artigo sobre a Bíblia:
- A Bíblia é um livro muito antigo mas ainda assim continua tão actual e prática quanto nos dias em que foi escrita. Durante um período de aproximadamente 1.500 anos, cerca 40 homens, das mais variadas profissões e pertencentes a culturas e classes sociais diversas, receberam inspiração divina para produzirem as Sagradas escrituras.
Neste parágrafo são feitas várias afirmações que são verificáveis e que provavelmente não geram controvérsia:
- A Bíblia é um livro muito antigo
- A Bíblia foi escrita ao longo de um período de 1500 anos
- A Bíblia foi escrita por cerca de 40 homens
- Os homens que escreveram a Bíblia tinham profissões, culturas e classes sociais variadas.
e outras que são discutíveis e que não podem ser verificadas de forma incontestável:
- A Bíblia continua a ser tão a(c)tual como quando foi escrita
- Quem escreveu a Bíblia recebeu inspiração divina
- A Bíblia é uma escritura sagrada
Estas 3 afirmações devem ser atribuídas a quem efectivamente as defende. Para além disso, deve ser apresentada a opinião dos grupos ou correntes de opinião que não partilham estas ideias.
O parágrafo citado acima deve ser reescrito segundo o princípio da imparcialidade. O texto poderia ficar assim:
- A Bíblia é um livro muito antigo. Foi escrita ao longo de um período de 1500 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.
- Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram que a Bíblia é uma escritura sagrada. No entanto, nem todos os cristãos acreditam que a Bíblia deve ser interpretada de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são textos metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos mas foram perdendo actualidade.
- Os ateus vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflecte a cultura do povo que o escreveu. Os agnósticos recusam qualquer origem divina para a Bíblia e consideram que a Bíblia deve ter pouca ou nenhuma importância na vida moderna.